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O mineral desintegra-se, se desconstrói, constrói
Um ponto, um linha, um passo
Negro, deixa seu rastro
Nela, faz-se o seu traço
Braço de um rabisco longo, curto, reto, curvilíneo
O vegetal seduz o mineral
Ausência atraída pela totalidade
Atraído por ela, ele vai, vai
Vai pra deixar sua impressão nela
Sua marca nela, na alva, na folha
Ele entende sua mensagem
Entende platonicamente a expressão do embrião ideal
Por meio dele, do inorgânico nela, na cria rabiscada, concretizada
Há uma mensagem nela, na folha de papel em branco
Talvez nem todos consigam entendê-la, Talvez
Mas ela existe, Nela
Ela é livre, tão quanto a intensidade apaziguadora de sua cor...
Livre como o reflexo de todos os tons que ela pode traduzir
Libertina, amoral como a universalidade caótica de tudo o que nela pode ser inserido
Democrática para o bem e para o mal
para a letra avulsa ou codificada, para o número perdido ou calculado
Sedutora de todo o imagetismo imaginado
Ela é a opção mais racional para qualquer criação
Sedutora das mãos, do manuseio, da manipulação da ideia
Ora, se manipulada ela não é livre
Ah! Ela é libertadora, sim, sim...
Liberta a cria interna, embrionária, ou pronta
A cria ativa, criativa, criadora
Se riscada, liberta. Se liberta, aonde? nela, na libertina
Na folha alva, branca, passiva...
A esfera suja, nela desliza, grafa, grafia
A pena escreve, pinta, borra
A cera a colore, a tela a recria
O ponteiro escreve nela
Se morta é apenas um formato geométrico bidimensional
Se viva chamam de tábula
Como era eu, como era você, uma tábula, rasa, a folha do Locke
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